Um dos maiores medos dos pacientes que desejam se submeter a uma abdominoplastia é a cicatriz umbilical. Muitos me perguntam: Dra, vou perder o meu umbigo? Ou, Dra, vou ficar com aquele umbigo feio que entrega a minha plástica abdominal?
Existem diversas técnicas para a realização de uma plástica abdominal.
Na mini-abdominoplastia, por exemplo, não há cicatrizes aparentes no umbigo. Para realizarmos a correção da diástase, que também é feita na mini-abdominoplasia, elevamos o umbigo e após aproximarmos as bainhas do reto abdominal, reposicionamos a cicatriz umbilical no mesmo local, ou no máximo 1 cm abaixo. Para que isso seja possível, é importante que a paciente não tenha uma flacidez importante acima do umbigo, e, assim, o reposicionarmos em uma altura adequada.
Na abdominoplastia clássica, indicada para pacientes com maior flacidez abdominal, com o objetivo de corrigir o excesso de pele acima do umbigo, é necessário criar uma cicatriz ao seu redor. Assim, o excedente de pele é puxado na direção inferior e o umbigo reposicionado no retalho de pele. A altura do umbigo vai ser a mesma, porém será corrigida a flacidez de pele acima dele. É exatamente essa cicatriz ao redor do umbigo que preocupa a maioria das pacientes.
Em nossa prática, após muita experiência em abdominoplastia, optamos por manter o umbigo da paciente. Ao recortá-lo, posicionamos a cicatriz o mais internamente possível, de modo que fique imperceptível, e o umbigo mantenha seu aspecto natural. Prezamos em nossas cirurgias naturalidade, cicatrizes discretas e bem-posicionadas. Como utilizamos o próprio umbigo da paciente, a sensibilidade que pode diminuir um pouco no pós-operatório será a mesma.
Algumas técnicas, descartam o umbigo do paciente e fazem um novo umbigo (neoumbigo). Apesar de não haver cicatriz ao redor do neoumbigo, ele é feito através da confecção de pequenos retalhos de pele. Sendo assim são pequenas cicatrizes que também estão sujeitas a alterações relacionadas a cicatrização do paciente como queloide, ou uma cicatriz hiperpigmentada (escura). Não é a nossa preferência.
É muito importante ressaltar que além da técnica do cirurgião, essas características relacionadas a cicatrização do paciente são fundamentais para uma cicatriz de bom aspecto estético.
Pacientes com tendência a queloide, cicatrização hipertrófica ou hiperpigmentada têm que avaliar bem qualquer procedimento cirúrgico e pesar o custo-benefício de trocar uma queixa como a flacidez abdominal, por cicatrizes. Nosso trabalho é buscar a melhor cicatriz possível, porém, mesmo com técnicas modernas e curativos especiais uma cicatriz pode ficar alta ou escura.
Feminino
Antes
Depois
Antes
Depois
Masculino
Antes
Depois