Muito se fala sobre a abdominoplastia clássica e a mini abdominoplastia, mas você já ouviu falar em abdominoplastia em âncora?
A abdominoplastia é a cirurgia plástica que trata a flacidez abdominal. Nessa cirurgia conseguimos corrigir a diástase dos músculos do abdome e retiramos o excesso de pele, muitas vezes chamado abdome em avental.
Acontece que o grau de flacidez e excesso de pele pode variar de leve a grave.
Na flacidez leve, a pele abdominal não é tão firme, pode haver estrias, mas o excesso de pele abdominal não chega a marcar sulcos, nem criar dobras.
A flacidez moderada pode apresentar sulcos com dobras de pele. A cicatriz umbilical pode estar com o formato mais horizontalizado e haver uma prega de pele acima dela.
Na flacidez grave a dobra de pele chega a cair sobre o pube, chamado abdome em avental. Geralmente existem estrias associadas e uma diástase importante.
Na abdominoplastia clássica retiramos o excesso de pele através de uma cicatriz horizontal, distando em torno de 6 cm da fúrcula da vagina ou da base do pênis. Essa cicatriz costuma se estender de uma espinha ilíaca a outra, podendo ser maior de acordo com a quantidade de flacidez a ser corrigida. Essa ressecção retira pele no sentido vertical, tratando muito bem o abdome em avental.
Após grandes emagrecimentos, mesmo com a ressecção de pele no sentido vertical, pode haver uma flacidez também no sentido horizontal. Por isso uma cicatriz vertical pode ajudar a corrigir a flacidez horizontal.
Essas duas cicatrizes então se unem formando o desenho de uma âncora. Por isso o termo abdominoplastia em âncora.
Os pacientes candidatos a essa cirurgia têm que avaliar bem como se sentirão com relação a cicatriz que é extensa, e muito visível. Mesmo com cuidados intra e pós-operatórios, cicatrizes podem evoluir com queloides e hiperpigmentação, ficando muito aparentes.
Cabe então ao paciente discutir com seu médico a prioridade entre o tratamento da flacidez versus cicatrizes resultantes.